São Paulo – A YDUQS, antiga Estácio, reportou prejuízo de R$ 84,3 milhões no quarto trimestre do ano, alta de 13,4% na comparação anual. O lucro líquido ajustado, que engloba ajustes de despesas não recorrentes, foi revertido em prejuízo de 8,4 milhões, frente ao lucro R$ 2,3 milhões no mesmo período de 2021, consequência do resultado financeiro pior.
Segundo a Yduqs, há variações para esse resultado, explicadas pelo incremento de R$54,3 milhões frente ao 4T21 e de R$100,4 milhões versus 2021 do ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), “que é resultado do crescimento dos segmentos Premium e Ensino Digital e dos esforços da companhia com um rigoroso controle de custos e despesas, principalmente no segmento Presencial.”
Além disso, diz a companhia, houve piora de R$27,4 milhões frente ao 4T21 da depreciação e amortização, principalmente em função da amortização dos sistemas, aplicativos e softwares, relacionado com os investimentos realizados em transformação digital e tecnologia ao longo dos últimos anos, que tem prazo de depreciação e amortização mais curto que a média.
O resultado do trimestre foi impactado, ainda, por redução de R$28,9 milhões em comparação com o mesmo trimestre do ano passado do IR e contribuição social, decorrente da queda no resultado no período, maior incentivo fiscal em função de uma melhor taxa da Proporção de Ocupação Efetiva de Bolsas (POEB) e não reconhecimento de prejuízo fiscal, principalmente da controladora.
“O resultado líquido da companhia também foi impactado por efeitos não recorrentes, que totalizaram R$75,9 milhões no 4T22 e R$194,8 milhões em 2022, referentes a ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) R$56,9 milhões no 4T22 e R$132,7 milhões em 2022 amortização do ágio sendo R$17,7 milhões no 4T22 e R$64,8 milhões em 2022 e IR e contribuição social R$1,4 milhão no 4T22 e -R$2,8 milhões em 2022.”
No trimestre, a receita líquida totalizou R$ 1,1 bilhões, alta de 4,9% na base anual. Já o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 256,6 milhões, 26,9% superior ao mesmo período de 2021. O ebitda ajustado, por sua vez, foi de R$ 313,5 milhões no trimestre, alta de 18,8 % na comparação anual. Os custos e as despesas da empresa foram de R$ 1,027 bilhões, alta de 0,5% no trimestre.
Em termos operacionais, a base total de alunos da YDUQS era de 1,194 mil aofinal do quarto trimestre do ano, queda de 3,9% em relação ao mesmo intervalo de 2021. A penetração de FIES totalizou 14,8% da base de alunos de graduação presencial.
No período, dívida líquida da YDUQS era de R$ 4,3 milhões, alta de 13,7% na comparação anual, enquanto o total de caixa e disponibilidades somava R$759,8 milhões, “resultado da liquidação das dívidas junto ao Banco Itaú e de uma renegociação da dívida 4.131 junto ao Citibank”, conforme explicado pela companhia.
“Importante mencionar que em janeiro de 2023, o saldo de caixa de R$1,2 bilhão foi recomposto.” A relação dívida líquida/ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) reportado (LTM), encerrou o período em 2,15x.
PROJEÇÕES
A Yduqs divulgou projeção de crescimento de dois dígitos do seu ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado no primeiro trimestre de 2023 (1T23) sobre o ebitda de R$ 400 milhões registrado no mesmo período do ano passado, e a previsão de investimento (capex) de R$ 450 milhões em 2023, menor que os R$ 492 milhões aportados em 2022.
Os dados completos das informações projetadas acima, assim como a íntegra dos resultados financeiros da companhia estarão disponíveis na divulgação do resultado do exercício de 2023, em maio de 2023, informou a empresa, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após o fechamento do pregão desta quarta-feira.
Com Cynara Escobar / Agência CMA.
