São Paulo, 30 de setembro de 2021 – A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse que seria catastrófico para a economia do país e para as famílias se o teto da dívida não for elevado, e que a mudança deveria ser aprovada com votos bipartidários.
“Seria catastrófico para a economia e as famílias”, disse Yellen, em depoimento ao Comitê de Serviços financeiros da Câmara dos Deputados. Segundo ela, diversos benefícios sociais não seriam pagos e os militares não receberiam salários. “É imperativo que o Congresso trate do limite da dívida”, afirmou.
“Eu acho importante que seja feito de forma bipartidária”, disse Yellen, acrescentando que todos devem arcar com esta responsabilidade, e que isso foi feito durante a administração do ex-presidente Donald Trump. Yellen reiterou que elevar o teto da dívida não permite novos gastos, apenas arca com os compromissos já assumidos.
Ainda de acordo com Yellen, o teto da dívida foi elevado ou suspenso 78 vezes desde 1960, quase sempre em uma base bipartidária. “Minha esperança é que possamos trabalhar juntos para fazer isso novamente; e construir uma economia norte-americana mais forte para as gerações futuras”, disse.
A estimativa atual é que o Tesouro provavelmente esgotará suas medidas extraordinárias até 18 de outubro. “Os Estados Unidos entrariam em default pela primeira vez na história. A fé e o crédito total dos Estados Unidos seriam prejudicados, e nosso país provavelmente enfrentaria uma crise financeira e uma recessão econômica como resultado”.
Na mesma audiência, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, disse que o Congresso deve elevar o teto da dívida e evitar impactos severos na economia norte-americana.
“É essencial que teto de dívida seja elevado”, disse Powell, citando que, caso contrário, “os resultados seriam potencialmente severos”.
